Criar uma Loja Virtual Grátis

Rating: 2.1/5 (94 votos)



ONLINE
1






NOTICIAS DA HORA


 Jornal em dia é um lançamento de um novo site patrocinado pelo site CIÊNCIAS AZEVEDO '' www.cienciasazevedo.no.comunidades.net '' para transmitir qualquer tipo de noticias para os internautas do mundo inteiro

 NO AR JORNAL EM DIA...

03/01/2011

Maria do Rosário pede ao Congresso que aprove criação da Comissão da Verdade

Publicidade

LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA

Mais uma das nove mulheres da alta cúpula do governo Dilma Rousseff acaba de tomar posse. A petista Maria do Rosário assumiu a Secretaria dos Direitos Humanos na manhã desta segunda-feira, substituindo Paulo Vannuchi.

Em seu discurso de cerca de 40 minutos, ela prometeu cumprir as metas do PNDH 3 (Plano Nacional dos Direitos Humanos), que provocou polêmica entre setores da Igreja e das Forças Armadas.

Não há contradição entre Direitos Humanos e Forças Armadas, diz Maria do Rosário

Maria do Rosário fez um apelo para que o Congresso analise outra proposta polêmica, encaminhada pelo governo Lula. Pediu que os congressistas aprovem a criação da Comissão da Verdade, que ofereceria a versão oficial sobre os mortos e desaparecidos.

"O Estado brasileiro tem que resgatar sua dignidade em relação aos mortos e desaparecidos na ditadura", afirmou. "Como disse a presidente Dilma, não se trata de revanchismo", completou, mais adiante.

Diante da plateia em que estava o ministro Nelson Jobim (Defesa), ela afirmou que as Forças Armadas são "parte da consolidação da democracia". "Certamente entre as Forças Armadas existe também o desejo de que tenhamos juntos esse processo constituído", disse.

Jobim e Paulo Vannuchi tiveram entreveros antes e após o lançamento do PNDH 3, que fazia citações à ditadura militar e também tratava da Comissão da Verdade.

Maria do Rosário disse ainda que o país precisa seguir no processo de reconhecimento das violações de Estado contra os direitos humanos no período do regime militar.

"Passados quase 50 anos do início do período de exceção no Brasil, é mais do que chegada a hora de agirmos com objetividade. Devemos enfrentar essas questões para uma consciente virada de página", declarou.

A ministra fez um segundo apelo ao Congresso pela aprovação da PEC (proposta de emenda constitucional) do Trabalho Escravo, que prevê a expropriação e a destinação para reforma agrária de todas as terras onde essa prática seja encontrada.

Maria do Rosário também prometeu combater a homofobia e a violência contra crianças e adolescentes, tema que trabalhou em todos os seus mandatos na Câmara dos Deputados.

BIOGRAFIA

Nascida em Veranópolis (RS), Maria do Rosário, 44, é pedagoga e mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi vereadora duas vezes e também deputada estadual. Foi reeleita duas vezes para a Câmara dos Deputados, onde participou da Comissão de Mortos e Desaparecidos e também presidiu a Comissão de Educação e Cultura.

Estiveram presentes na cerimônia os ministros Fernando Haddad (Educação), Nelson Jobim (Defesa), José Eduardo Cardozo (Justiça), Luiza Bairros (Igualdade Racial) e Luís Inácio Adams (AGU), além de diversos deputados petistas.

03/11/2011

Um mês após ocupação, moradores reclamam, RIO

 

De­pois de com­ple­ta­do um mês da ocu­pa­ção do Com­ple­xo do Ale­mão, na zo­na nor­te do Rio de Janeiro, há con­tro­vér­si­as so­bre as van­ta­gens da ação po­li­ci­al. Al­guns mo­ra­do­res di­zem dis­cor­dar que hou­ve be­ne­fí­ci­os e te­mem a for­ma­ção de mi­lí­cias na re­gi­ão. Mas, na ava­li­a­ção da Po­lí­cia Mi­li­tar (PM), a to­ma­da do ter­ri­tó­rio foi uma ação po­si­ti­va e a ex­pec­ta­ti­va, ago­ra, é ofe­re­cer ser­vi­ços pú­bli­cos à co­mu­ni­da­de pa­ra aca­bar de­fi­ni­ti­va­men­te com a ação dos ban­di­dos nas fa­ve­las ocu­pa­das.

“O nos­so ba­lan­ço é ex­tre­ma­men­te fa­vo­rá­vel”, dis­se o re­la­ções pú­bli­cas da PM, co­ro­nel Hen­ri­que de Li­ma Cas­tro, des­ta­can­do que o Rio de Ja­nei­ro re­cu­pe­rou uma área “be­lís­si­ma” e que, por is­so, já re­to­mou o rit­mo de vi­si­tas de tu­ris­tas. Cas­tro re­la­tou que, na vés­pe­ra de Na­tal, du­ran­te uma mis­sa re­a­li­za­da na Con­cha Acús­ti­ca, na su­bi­da da Igre­ja da Pe­nha, foi pro­cu­ra­do por tu­ris­tas de Es­ta­dos co­mo Ma­to Gros­so, Per­nam­bu­co, San­ta Ca­ta­ri­na e São Pau­lo, que ma­ni­fes­ta­ram a von­ta­de de co­nhe­cer o lo­cal das ope­ra­ções po­li­ci­ais que ti­ve­ram re­per­cus­são na mí­dia in­ter­na­ci­o­nal.

“En­ten­de­mos que tem um tra­ba­lho mui­to gran­de a ser fei­to. Por es­sa ra­zão, te­mos lá (no Ale­mão) o Ba­ta­lhão de Cam­pa­nha exer­cen­do a sua fun­ção, ve­ri­fi­can­do ain­da mui­tas in­for­ma­ções que che­gam (à po­lí­cia)”, ava­liou. Ao per­cor­rer na sexta-feira be­cos e vi­e­las da região, a re­por­ta­gem da Agên­cia Bra­sil ou­viu de mo­ra­do­res o re­ceio de que tra­fi­can­tes vol­tem ao po­der no com­ple­xo de fa­ve­las. Al­guns de­les che­ga­ram a de­nun­ci­ar a pre­sen­ça de cri­mi­no­sos cir­cu­lan­do de­sar­ma­dos e dis­far­ça­dos na co­mu­ni­da­de. Ou­tros de­fen­de­ram a sa­í­da dos po­li­ci­ais que, se­gun­do eles, te­ri­am ma­ni­fes­ta­do si­nais de for­ma­ção de mi­lí­cia na lo­ca­li­da­de.

A do­na de um es­ta­be­le­ci­men­to co­mer­cial, que não quis se iden­ti­fi­car, afir­mou ter re­ce­bi­do ame­a­ças de tra­fi­can­tes, em bi­lhe­tes dei­xa­dos sob a por­ta de sua lo­ja. Se­gun­do ela, o au­tor diz que vai in­cen­di­ar o es­ta­be­le­ci­men­to. Ela acre­di­ta que a ame­a­ça foi mo­ti­va­da pe­lo fa­to de ela ter per­mi­ti­do que a PM es­ta­cio­nas­se vi­a­­tu­ras em seu ter­re­no. A co­mer­cian­te lem­bra que, an­tes, en­fren­ta­va si­tu­a­ção se­me­lhan­te, quan­do não po­dia ne­gar o pe­di­do a cri­mi­no­sos e ain­da cor­ria o ris­co de ser pre­sa por as­so­cia­ção ao trá­fi­co.

Ou­tra mo­ra­do­ra e co­mer­cian­te, que tam­bém pre­fe­riu não se iden­ti­fi­car, dis­se que não abre sua lo­ja des­de a en­tra­da da po­lí­cia na fa­ve­la. “Não hou­ve um ‘ven­ce­mos o trá­fi­co’”, afir­mou. Pa­ra es­sa mo­ra­do­ra, a fa­ve­la per­deu o do­no an­te­ri­or, que era o tra­fi­can­te, e tor­nou-se uma área com gran­de po­ten­ci­al pa­ra ser ex­plo­ra­da por mi­li­ci­a­nos.

“Aqui den­tro, se eu ti­ves­se pro­ble­ma com um ban­di­do, eu ia lá em­bai­xo, es­pe­ra­va che­gar o res­pon­sá­vel (do trá­fi­co) e fa­la­va. Ago­ra, com a po­lí­cia aqui den­tro, se um po­li­ci­al en­trar na mi­nha ca­sa, rou­bar al­gu­ma coi­sa mi­nha, eu vou fa­zer quei­xa pa­ra quem?”, cri­ti­cou, des­ta­can­do que não é ca­paz de de­nun­ci­ar po­li­ci­ais cor­rup­tos pa­ra a pró­pria cor­po­ra­ção.

A Se­ção de Co­mu­ni­ca­ção So­ci­al da For­ça de Pa­ci­fi­ca­ção in­for­mou que en­ca­mi­nha­rá as de­nún­cias re­ce­bi­das de mo­ra­do­res pa­ra o se­tor de in­te­li­gên­cia, a quem ca­be­rá apu­rar os pro­ce­di­men­tos re­la­ta­dos. A Se­ção de Co­mu­ni­ca­ção So­ci­al dis­se es­tar sur­pre­sa com os re­la­tos, já que “até o pre­sen­te mo­men­to as ou­vi­do­ri­as ins­ta­la­das e o dis­que-de­nún­cia não re­ce­be­ram qual­quer ti­po de re­cla­ma­ção”, in­for­mou em no­ta. (Agência Brasil)